Carlos Alberto Schenato

Com a instalação de projetos de mineração na Amazônia e consequente exploração mineral, que envolvem um imenso conjunto  de  interesses  dos mais distintos setores (estado/empresas/sociedade civil), acelerando processos territoriais, econômicos, sociais e políticos, diante da própria fragilidade da organização da sociedade regional e local, cria-se uma desproporcional mudança espacial e socioambiental,  que diferem em todos os espaços e tempos, ocasionando diversos conflitos e relações de poderes, tendo como exemplo os ocasionados pela implantação e operação da mineração de bauxita, da Mineração Rio do Norte S/A – MRN (Projeto Trombetas), na região oeste do estado do Pará, inserido em diferentes contextos sociais, culturais e ecológicos,  em que  se destacam comunidades indígenas, quilombos, assentamentos humanos, unidades de conservação, órgão públicos federal, estadual e municipais, entre outros. A pesquisa, a ser estruturada com base nos conceitos de “conflito” e “poder”, tem por objetivo analisar a percepção dos diferentes atores relativa aos conflitos, relação de poder e à sua gestão pelas partes de uma relação intersetorial, a partir de dinâmicas territoriais, na implantação e operação do projeto da MRN, pelo  método de estudo de caso, a  ser metodologicamente fundamentada através de investigação empírica,  por meio de  coleta de dados e de entrevistas semiestruturadas, em vertente qualitativa e de perfil descritivo e exploratório, com descrição, compreensão e interpretação de fatos e fenômenos a serem observados. Espera-se, ao final, saber se existem conexões entre os atores, relativas aos conflitos e relação de poder, quais são as ações, estratégias, dinâmicas territoriais e gestões, que venham minimizar as diferenças em relação aos interesses das partes envolvidas.


Palavras-chave: conflitos de interesses, projeto de mineração, Amazônia.